quinta-feira, 2 de abril de 2015

Um pensamento

Já dizia Aristóteles que "não há grandes mentes sem uma mistura de loucura" (tradução livre). A genialidade vem frequentemente ligada à loucura. Músicos, pintores, atores, cientistas: os melhores, sempre com pitadas, de níveis variados, de loucura. Mentes brilhantes. Traria tal brilho a loucura? Mas e o que é loucura?
Alguns rejeitam a loucura, outros a abraçam e, quando abraçam, percebem que não há loucura ali: apenas verdade. A verdade da momentaneidade da vida. Quem rejeita, prende. Limita. Por medo, não sai da caverna. Vive a vida olhando sombras, vultos do mundo real. Não entendem os loucos, nem seu amor. Sua mente não está aberta, seu olho está fechado.
O passado só existe em memórias, onde é feito um consenso sobre qual foi o passado. Mas o que aconteceu, realmente? Qual das milhares possibilidades é a verdadeira? No mesmo sentido, olhamos para o futuro. Algo que nunca veio e nunca será concreto, viverá nas probabilidades, assim como o passado e os elétrons. Quando o observarmos, no nosso movimento contínuo pelo tempo, ele se tornará algo porque há observador, mas, depois que passamos, o que aconteceu com o futuro que agora é passado? O cravamos no abstrato que é a vida? Como registrar algo no nada? E se, tudo aquilo que foi ontem pra você, foi uma simples probabilidade que já não existe mais? E se o futuro não existe? E se só o agora existe?

O agora é o momento mais importante da tua vida. Toda a tua vida se resume a este instante em que está lendo essas palavras e logo isso não importará mais, pois tu se moveu no tempo. Observe, pequeno gafanhoto, e absorve. Não duvide de tuas capacidades: só tu podes te impor limites.
Se só o agora existisse, o que você faria agora?

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